Os cães e gatos possuem um sistema gastrointestinal adaptado às suas necessidades nutricionais, com diferenças anatômicas e fisiológicas importantes.
O trato digestório do cão é mais longo (cerca de 4,5 m) comparado ao do gato (aproximadamente 2,5 m), refletindo suas diferenças alimentares e metabólicas.
O pH estomacal do gato é mais ácido (pH 2,5) do que o do cão, o que influencia a digestão e a microbiota intestinal
.A digestão em cães e gatos envolve processos mecânicos (mastigação, peristaltismo) e químicos (enzimas digestivas no estômago, pâncreas e intestino delgado), além da ação microbiológica no intestino grosso, onde ocorre fermentação e absorção de água e eletrólitos.
A microbiota intestinal é fundamental para a saúde digestiva, ajudando na digestão de fibras, produção de ácidos graxos de cadeia curta e na regulação imunológica.
Doenças gastrointestinais em cães e gatos são comuns e podem incluir enterite, estase fecal, linfangiectasia, linfoma, megaesôfago e pancreatite, entre outras. Essas condições podem causar sintomas como diarreia, vômito, dor abdominal, anorexia, constipação, perda de peso, hipersalivação e letargia, afetando a absorção e digestão dos nutrientes.
Para o manejo de doenças gastrointestinais, muitas vezes é indicada a utilização de alimentos específicos, chamados alimentos gastrointestinais, que são formulados para serem facilmente digeríveis e promover a saúde do sistema digestivo, facilitando a recuperação e manutenção do metabolismo do animal.
Em resumo, o sistema gastrointestinal de cães e gatos é complexo e adaptado às suas dietas, sendo a microbiota intestinal um componente chave para a saúde digestiva. Doenças gastrointestinais são variadas e podem comprometer a função digestiva, exigindo cuidados clínicos e nutricionais específicos, incluindo dietas gastrointestinais especializadas.